O azeite ajuda a emagrecer: verdade, desde que
seja utilizado em uma dieta balanceada e em quantidade moderada. O mais
correto seria dizer que o azeite ajuda a manter o peso, ou seja, a não
engordar. "É totalmente possível incluir o azeite de forma saudável na
alimentação e não afetar o peso. O segredo está no equilíbrio", afirma a
nutricionista Alice Carvalhais, responsável pelo Programa de
Longevidade e Nutrição Geriátrica do Instituto Mineiro de
Endocrinologia. Há também um estudo publicado na revista Diabetes Care,
da Associação Americana de Diabetes, que apontou que a ingestão diária
de uma quantidade mínima do alimento contribui para evitar a formação de
gordura na região da barriga.
Posso comer azeite à vontade: mito! Ele também é
calórico. "O azeite é um óleo e possui muitas calorias como qualquer
outro óleo", explica a nutricionista Alice Carvalhais. O exagero nunca é
bem-vindo, mesmo os alimentos mais saudáveis. Duas colheres de sopa de
azeite por dia é a quantidade máxima recomendada, o equivalente a
aproximadamente 178 calorias. Mais que isso é correr o risco de ganhar
alguns quilos extras.
Azeite composto também traz os mesmos benefícios
que o azeite comum: mito. O composto geralmente é misturado com outros
tipos de óleos que são mais ricos em gorduras saturadas, prejudiciais
para o organismo se consumidas em excesso. "Em alguns desses produtos
compostos, somente 10% é azeite", alerta a nutricionista Alice. Esses
óleos também são mais calóricos e não trazem tantos benefícios para o
organismo como o azeite traz.
Esquentar o azeite tira suas propriedades:
verdade. Muitas de suas propriedades oxidam na presença do calor e da
luz. De acordo com a nutricionista Fabiana Sigrist, do Hospital
Bandeirantes, o azeite aguenta uma temperatura de até 175ºC. "Acima
desse ponto, ele forma compostos voláteis e vira uma substância tóxica
ao organismo", conta a especialista. Se consumido nessas condições em
grandes quantidades, pode provocar irritação da mucosa gastrointestinal e
diarreia. O ideal é colocá-lo depois que os alimentos já foram
preparados.
Azeite é melhor que óleo de soja: verdade. O
azeite extra-virgem é o melhor de todos os óleos, tanto de soja quanto
de canola ou girassol. O motivo é a grande quantidade de gordura
monoinsaturada. "Nosso organismo precisa de gordura, principalmente para
absorver algumas vitaminas lipossolúveis - como A e E -, e a gordura
monoinsaturada é a mais saudável, atuando na prevenção de problemas
cardiovasculares", esclarece a nutricionista Fabiana Sigrist. O azeite
só perde no momento de ser utilizado em frituras, por não poder ser
aquecido até altas temperaturas. Nesses casos, Fabiana indica o óleo de
soja como o melhor, pois consegue ficar até 240ºC sem formar compostos
tóxicos.
Azeite de oliva e azeite de dendê tem os mesmos
benefícios: mito. Eles são totalmente diferentes, em benefícios, sabor e
cor. O azeite de dendê é altamente calórico e possui bem mais gordura
saturada ao ser comparado ao de oliva. A única vantagem do tradicional
ingrediente baiano é a quantidade maior de vitamina A, importante para a
visão. Nos demais benefícios, o azeite de oliva é o campeão.
Azeite é como vinho: quanto mais velho, melhor:
mito. O azeite é melhor quando mais novo. "Muitas de suas propriedades
são termo e fotossensíveis, ou seja, oxidam-se na presença de calor e
luz", adverte a nutricionista Alice Carvalhais. Por isso, fique atento à
data de validade e evite deixar o azeite perto do fogão na hora de
cozinhar, para evitar que ele se aqueça e perca parte de suas
propriedades.
Azeite não refinado ou virgem é melhor: verdade,
mas a vantagem não está no sabor ou na cor. O azeite extra-virgem possui
maior quantidade de polifenóis, que são antioxidantes que contribuem
para regular o nível de colesterol no sangue e evitar problemas no
coração. Mas tanto o refinado quanto o virgem apresentam as gorduras
monoinsaturadas, que também são benéficas para o órgão cardíaco.
Ajuda a combater o câncer e regular o colesterol:
verdade. Os grandes responsáveis por prevenir o câncer são os
antioxidantes presentes no azeite, principalmente os ácidos graxos
(gordura monoinsaturada). Segundo a nutricionista Fabiana Sigrist, a
atuação é na parte anti-inflamatória: "Os ácidos graxos contribuem para
que a pessoa tenha menos processos inflamatórios, que podem estar
relacionados a alguns tipos de câncer". No caso do colesterol, a gordura
monoinsaturada também melhora os níveis de gordura no sangue, ao
aumentar o colesterol HDL e diminuir o LDL.
Consumir azeite estimula o cérebro: verdade. Uma
pesquisa feita pela Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos,
indicou que alimentos ricos em antioxidantes - como o azeite - são
capazes de estimular e auxiliar o cérebro contra sua degeneração. Após
cinco anos de análise, de mais de 160 pesquisas, os especialistas
constataram que existe uma influência positiva entre os componentes
moleculares dos nutrientes e os mecanismos que mantêm a função mental do
cérebro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário