05 junho 2012

Louis Vuitton não é uma marca é uma LENDA!!!

Um pouco da história da Louis Vuitton

Segundo Hanlon (2007, p. 18), uma marca, para atingir a excelência, deve traduzir um código primordial, composto de sete fatores. São eles: a história da criação, a crença, os ícones, os rituais, os pagãos, as palavras sagradas e o líder. Vamos discorrer sobre a marca Louis Vuitton, identificando sob a ótica de Hanlon, os fatores que compõe este código de sucesso. No que concerne ao primeiro deles, a história da criação, talvez a Louis Vuitton seja um dos melhores exemplos: alia a precisão e o cuidado artesanal, aprimorado durante quase dois séculos à fantasia primordial quase mítica de ter sido criado para atender as necessidades da realeza.

Em 1854, foi fundada a Maison Louis Vuitton, no coração da capital francesa. Seu fundador, Luis Vuitton, habilidoso, filho de pai carpinteiro, esmerou-se em construir baús e bagagens, que na época eram indispensáveis para as viagens das famílias mais ricas. As habilidades de Louis chegaram aos ouvidos de Napoleão III, último Imperador e primeiro Presidente da República da França, que o nomeou como maleiro oficial da imperatriz Eugénie. Seus produtos eram diferenciados e totalmente artesanais, os quais despertavam inveja e inspiravam imitadores. Criou um formato de baú diferenciado que facilitava o empilhamento tanto em navios como em trens. Este foi o primeiro produto manufaturado a levar uma assinatura externa, “marque L. Vuitton“.

Em 1896, Georges Vuitton, filho de Louis que morreu alguns anos antes, criou o tradicional monograma das letras LV, que até hoje é a marca registrada da Louis Vuitton, tentando diferenciar seus produtos das inúmeras imitações, que já existiam naquela época, ou seja, produzir cópias da marca LV tb não deixa de ser uma tradição de mais de 100 anos. Em 1914, foi inaugurado em um luxuoso endereço na Champs Elysee (Paris) o The Louis Vuitton Building, como a maior loja de produtos para viagem do mundo.

Até meados dos anos 80, a Louis Vuitton parecia fadada a vender bolsas clássicas para um público fiel, porém, muito pequeno. Em 1987, o magnata francês Bernard Arnault comprou a grife da família Vuitton e, com ela, ergueu os pilares do LVMH (Louis Vuitton Moët Henessy), hoje, o maior conglomerado de marcas de luxo do planeta. Segundo a revista Forbes, nenhum grupo do segmento de luxo se aproxima da LVMH, está no topo do ranking.

A marca Louis Vuitton tem valor estimado em 21,6 bilhões de dólares e é 16ª marca mais valiosa do mundo.

Quanto à questão da crença, hoje a marca Louis Vuitton é um símbolo de “savoir a fair“. Traduz na simplicidade de suas duas letras míticas um conceito de qualidade, poder, determinação, exclusividade, estabeleceu mais que uma grife: se tornou uma lenda. Além disso, como ícone, o poderoso LV é uma referência, demonstra conhecimento, autencidade, impõe-se, inspira um afeto douradouro e é reconhecido instântaneamente.

Viajar tem outra sensação quando se usa Louis Vuitton. Toda a tradição dos imensos, e ainda fabricados, baús de viagem, com porta-jóias e caixas para chapéus, que carregavam perfeitamente e com toda a segurança os pertences da realeza há quase dois séculos, é transmitida nesta simples, mas inteligente sacola flexível, que é um símbolo de status e poder.

A Louis Vuitton é uma marca que não muda a natureza do material, mas a natureza social do objeto. A marca Louis Vuitton é reconhecida em qualquer parte do planeta. Além de atravessar fronteiras, ultrapassou séculos, e seus objetos se tornaram tradicionais para o consumo da “burguesia”. Portanto, possuir um objeto da Louis Vuitton significa fazer parte da mesma linhagem aristocrática que se perpetuou pelos secúlos através de sua linhagem rara, exclusiva.

Em 1996, a Louis Vuitton convocou sete estilistas renomados – Helmut Lang, Azzedine Alaïa, Vivienne Westwood, Isaac Mizrahi, Romeo Gigli, Manolo Blahnik e Sybilla – para reinventar seus acessórios, em uma homenagem aos 100 anos do famoso anagrama. Mas a verdadeira revolução de design foi imposta com enorme sucesso por Marc Jacobs contratado em 1997 para renovar a LV e criar sua primeira coleção de roupas. (Amoo Marc Jacobs!!!!)

Jacobs veio disposto a inovar a célebre combinação do logotipo marrom e amarelo sobre o fundo de couro marrom, dando um ar contemporâneo com símbolos da cultura pop e cores novas, escalou vários artistas novos de diferentes correntes criativas. Assim o sisudo LV tradicional presente na bagagem da realeza do século XIX circula hoje, por todo o mundo, traduzido pelas mais top fashion tendências culturais, aliando tradição à modernidade, mas sem nunca perder o status de único. Sempre de vanguarda, nunca popularesco.

A moda é um hábito que tende a oferecer distinção, não é apenas o apego à qualidade, mas ao que é concorrido e ao que possui valor monetário significativo o suficiente para excluir todas as demais classes sociais, agregando, assim, a esse produto valor de exclusividade e principalmente poder. (SANTAELLA, 2000).

A consagração de uma marca é o nascimento de um estilo universal intemporal, Max Weber (1991) chama de “Rotinização do Carisma”. A conformidade às regras sociais para fazer parte de um grupo, sendo assimilável a um “tipo ideal”. É a transformação de um desejo a algo durável que introduz continuidade no consumo de artigos de luxo, ou seja, passa ser uma necessidade básica que precisa ser suprida constantemente.

O luxo mantém uma relação mágica com seus consumidores, assim como a natureza para as religiões pagãs, pois o homem não visa dominar a natureza e sim harmonizar-se com ela – as religiões pagãs são intuitivas e emocionais. Da mesma maneira como o consumidor tenta harmonizar-se com uma marca, paradoxalmente as religiões pagãs e as marcas de luxo, especificamente a Louis Vuitton atingem seu “público” emocionalmente, uma vez que, ao obter um acessório com a marca Louis Vuitton, este proporciona uma sensação de poder e inclusão. E isso gente, nós mesmos podemos comprovar, qual é a sensação de comprar uma Louis Vuitton??? A sensação que você teve quando comprou ou ganhou a sua primeira Louis Vuitton??? Hoje, muitas pessoas dizem que Louis Vuitton esta virando ou já virou "carne de vaca", mas pode ter certeza que essas pessoas quando puderam se "integrar" nesse mundo "seleto" escolheram como "ticket" um artigo de luxo da Louis Vuitton.

Outras marcas imponentes e glamourosas existem, mas eu acredito que nenhuma delas tem uma história assim, que começou lá atrás na aristocracia, nas histórias da luxúria do reinado de Luis XV. Parece que a marca Louis Vuitton foi criada nos contos de fadas e não no planeta Terra, no mundo real e talvez, seja isso que encanta e fascina milhões de pessoas no mundo inteiro.

O símbolo LV é bastante forte e por si só se traduz como se fossem palavras sagradas. É algo que vai além da racionalidade.

A vontade de possuir um acessório com o emblemático selo LV, mesmo que falsificado, vai além do “filos“, é algo imensurável. Tanto é que hoje em dia, existem serviços de aluguel de bolsas e malas nos USA, na Europa e mais recentemente no Brasil. Como exemplo, no filme “Sex and the City” a personagem vivida por Jennifer Hudson, vai para uma entrevista de emprego com Carrie Bradshaw, Sarah Jessica Parker, usando uma bolsa Louis Vuitton e não tem pudor em dizer que o acessório é alugado. Como uma jóia, um carro, uma bolsa LV transmite o mesmo status de poder, e de verdade, mexe demais com a auto estima de qualquer mulher, ganhar uma bolsa Louis Vuitton ou poder comprá-la, faz nós mulheres sentirmos mais poderosas, mais bonitas, assim como se estivéssemos acabado de sair da clínica do Ivo Pitanguy.

A Louis Vuitton é considerada uma das mais fortes marcas de luxo no segmento de malas e bolsas. Possivelmente existam outras marcas com itens específicos mais caros que a Louis Vuitton, entretanto, somente ela consegue agregar distinção e exclusividade a toda uma linha de produtos.

Conclui-se que sua forte história, desde o século XIX, incluída no gosto da aristocracia, perpetuou este dogma de qualidade e distinção mantendo-a como objeto de desejo e símbolo de status. O LV traduz exclusividade, elegância e bom gosto através de uma imagem mítica da marca. O monograma LV é sem sombra de dúvidas conhecido mundialmente em todas as classes sociais.


Fonte: Adaptado: http://www.fashionbubbles.com/2009/o-sucesso-da-marca-louis-vuitton-sob-a-otica-de-hanlon/



Louis Vuitton Londres
   
E vcs?
 
 

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