05 março 2012

Camisa de seda virou peça obrigatória para a mulher antenada do século 21

Camisa de seda virou peça obrigatória para a mulher antenada do século 21 thibault camus/AP
A camisa de seda dominou as ruas e os desfiles de moda da última temporada. Após anos guardada no armário, agora ela é combinada com calça jeans, saia lápis e até com terninho. Passou a ser o uniforme feminino do século 21.
A obsessão começou em 2010, com Carine Roitfeld — stylist e ex-editora da Vogue Paris. Ela adotou o modelo equipment francesa — peça com bolsos frontais, usada com as mangas dobradas presas com botão. Lançada pelo marido de Carine, Christian Restoin, nos anos 1980, a peça passou por um renascimento.
Após a tendência estourada por Carine, os estilistas colocaram nas prateleiras releituras do modelo clássico. As camisas de seda apareceram com gola, laço no pescoço, mangas bufantes ou punhos lisos. Tudo inspirado na estética dos anos 1970. Tornou-se um viral nas ruas mais fashion do mundo. Além de prática para qualquer clima, é um clássico.
— A camisa masculina em seda molenga é atemporal, um investimento que dura para sempre — defende a diretora internacional de estilo da Santaconstancia, Consuelo Pascolato Blocker.
O valor dessas peças ainda assusta. A seda ainda é um dos tecidos mais nobres do mundo — não há como fugir de um preço salgado. Por isso, as redes fast fashion fabricaram o modelo em tecidos sintéticos, que dão caimento parecido com a seda. Mas nem sempre com texturas tão agradáveis. Tantas opções de estilos, modelos e materiais causam confusão na cabeça do consumidor.
— Tecidos se adaptam bem em todo mundo, o que difere são as modelagens - explica Consuelo Pascolato Blocker. — O modelo mais acinturado, por exemplo, fica bem nas magrinhas e o retinho, em quem tem mais seios e é mais formosa.
Tecido com melhor custo-benefícioImitações de seda são comuns de encontrar. Elas podem baratear o custo da peça e não são necessariamente de baixa qualidade. Basta saber diferenciar os materiais sintéticos ruins dos bons.
:: Sentir com os dedos
O que define a qualidade do tecido é a finura dos fios. Quanto mais fino e maleável, mais elaborado é o produto. Por isso, quanto mais sensível ao toque, melhor a qualidade. Os tecidos muito ásperos e com aspectos de plástico — normalmente alguma variação de poliéster — não deixam o corpo respirar. O que pode causar suor excessivo e, consequentemente, deixar odor na roupa. Em algumas pessoas, pode até dar alergia.
:: Observar o tecido com cuidadoTecidos que apresentam bolinhas ainda na arara só tendem a criar mais bolinhas na lavagem. Outro aspecto importante são as estampas. Desenhos grosseiros, que aparecem aplicados no tecido, não vão durar muito. A tinta da estampa tem que estar integrada ao tecido, como se fizesse parte da padronagem.
- Ler a etiqueta: pela legislação brasileira, toda roupa tem que ter uma etiqueta com a composição do tecido. No caso da camisa, existem fibras sintéticas boas, como modal, liocel e poliamida, que podem ser misturadas com outros fios naturais, como a seda. A composição cria um resultado bom. Quem for escolher o poliéster, opte por tecidos sensíveis ao toque e que são misturados com outras fibras naturais ou sintéticas. Existem tecidos que podem substituir a seda - e suas variações -, como a viscose e as misturas de viscose. Apesar do tecido ser opaco, também dá um caimento interessante à camisa.

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